Monday, June 11, 2007

BRILHO!...



Brilho!...
Onde ficaste tu?
Perdido numa circunstância...
...num conjunto de momentos que te turvam?
Onde estás cintilação?

Águas límpidas do meu reflexo,
águas que nada escondiam.
Onde foram?
Levadas pela torrente desta vida de mágoa?
Ou serão águas paradas que o tempo fez por escurecer...
Sujar... desmoralizar?
Ó vis injustiças do ser,
ó criaturas imaginárias que se alimentam da dor,
onde colocaram o meu brilho?

Eu sou o cavaleiro do arco
Metade homem metade corcel
As estrelas deviam obedecer-me
A luz foi-me oferecida
Mas o brilho... esse esmoreceu
Perdido nas brumas da delonga.

Aqui, tarde eu as conjuro -
Criaturas sórdidas, retirem-se da sombra
Afastem-se da negrura que não deixa passar a luz
Espíritos do bem, força forte de todas as forças
Limpem esta água
Que a corrente da vida a purifique
Que o brilho volte
Quero voltar a perder-me...
...no brilho dos seus olhos



Emanuel Alves - Dezembro de 2004

No comments: