A Lua
Naquela folha de trevo
A estrela na gota brilhava
Unidas pelo amor
Fogo de luz na água se imiscuía
A lamina de névoa passava
e já não a lembrava
Que da solidão tinha provindo
Na união a vislumbrava
Ò luz enérgica,
que dos corpos irradiava.
Da gota de luz... a noite se fez dia
a lua tinha sido formada
Filha do fogo, filha da água
No zénite tiveste lugar
És senhora das emoções
A estrela na gota brilhava
A felicidade é difícil
A vida é uma estranha senda
Alegres naquela folha de trevo
A estrela e a lua... a gota brilhava
Naquela folha de trevo
A estrela na gota brilhava
Unidas pelo amor
Fogo de luz na água se imiscuía
A lamina de névoa passava
e já não a lembrava
Que da solidão tinha provindo
Na união a vislumbrava
Ò luz enérgica,
que dos corpos irradiava.
Da gota de luz... a noite se fez dia
a lua tinha sido formada
Filha do fogo, filha da água
No zénite tiveste lugar
És senhora das emoções
A estrela na gota brilhava
A felicidade é difícil
A vida é uma estranha senda
Alegres naquela folha de trevo
A estrela e a lua... a gota brilhava
.'.
Gota de luz
Numa tenra folha de trevo
pela saturnina noite aglomerada,
a escura terra acordou-a,
do ar tinha voltado.
A fina neblina deu-lhe alento,
passando por ela como uma navalha
lembrou-lhe que a solidão existia,
naquela folha de trevo.
O sol elevava-se do Nadir,
a alvura lembrava o fogo,
que em paz atingia o seu auge,
nela a luz tinha rutilado.
Na cálida manhã,
esperava adormecer
na sua solidão deitada...
naquela folha de trevo.
O anoitecer tombado,
de mistério a envolvia
sozinha esperando
naquela folha de trevo.
Numa tenra folha de trevo
pela saturnina noite aglomerada,
a escura terra acordou-a,
do ar tinha voltado.
A fina neblina deu-lhe alento,
passando por ela como uma navalha
lembrou-lhe que a solidão existia,
naquela folha de trevo.
O sol elevava-se do Nadir,
a alvura lembrava o fogo,
que em paz atingia o seu auge,
nela a luz tinha rutilado.
Na cálida manhã,
esperava adormecer
na sua solidão deitada...
naquela folha de trevo.
O anoitecer tombado,
de mistério a envolvia
sozinha esperando
naquela folha de trevo.
.'.
Estrela da noite
Nas trevas pairava,
da luz parecia provir.
Estranha noite em que vivia...
sua luz não aconchegava.
Pelas algentes tristezas
o seu destino a cercava.
Por mais que contemplasse...
Sua luz não aconchegava.
Extrema negritude,
Infinito desamparo.
Por mais que cintilasse,
do ínfero, a luz não chegava.
Brilhava a pequena luz,
sozinha com o seu fado.
Da morte assim veio,
despida da sua metade.
Luz de fogo no seu cerne
da neptuniana noite a mergulhava.
O vento carregava-a no ventre,
Mas da terra só contemplava... o nada.
Nas trevas pairava,
da luz parecia provir.
Estranha noite em que vivia...
sua luz não aconchegava.
Pelas algentes tristezas
o seu destino a cercava.
Por mais que contemplasse...
Sua luz não aconchegava.
Extrema negritude,
Infinito desamparo.
Por mais que cintilasse,
do ínfero, a luz não chegava.
Brilhava a pequena luz,
sozinha com o seu fado.
Da morte assim veio,
despida da sua metade.
Luz de fogo no seu cerne
da neptuniana noite a mergulhava.
O vento carregava-a no ventre,
Mas da terra só contemplava... o nada.
.'.
Projecção
Na gélida noite, voltava à vida.
Na folha de trevo prostrada.
A argêntea lamina daquela bruma
Da solidão a lembrava.
Mais uma noite,
Mais uma estranha viagem
De onde tinha provindo,
já não recordava
No alto...no vazio,
cintilava a estrela despojada da sua querida metade.
Do ínfero esperava o amparo
pelo destino,pela terra por fim foi afagada
Luz do sol, luz do espelho
Em tudo estava despojada.
No meio da negritude,
tanto no alto como na terra,
a igualdade foi encontrada
Quem és tu estrela da noite?
Qual é a tua sina?
Sou aquela que em ti brilha e
encontrar-te pequena gota...
parece ser a minha alegre sina.
Na gélida noite, voltava à vida.
Na folha de trevo prostrada.
A argêntea lamina daquela bruma
Da solidão a lembrava.
Mais uma noite,
Mais uma estranha viagem
De onde tinha provindo,
já não recordava
No alto...no vazio,
cintilava a estrela despojada da sua querida metade.
Do ínfero esperava o amparo
pelo destino,pela terra por fim foi afagada
Luz do sol, luz do espelho
Em tudo estava despojada.
No meio da negritude,
tanto no alto como na terra,
a igualdade foi encontrada
Quem és tu estrela da noite?
Qual é a tua sina?
Sou aquela que em ti brilha e
encontrar-te pequena gota...
parece ser a minha alegre sina.
Emanuel Alves - Março de 2005